sexta-feira, 21 de março de 2008

Na América Latina e Caribe existem mais de 500 mil órfãos que perderam os pais por causa da aids. Doença agora atinge mais jovens e mulheres

Na América Latina e Caribe existem mais de 500 mil órfãos que perderam os pais por causa da aids। Doença agora atinge mais jovens e mulheres .

quinta-feira, 20 de março de 2008

ADESÃO A VIDA

O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a adotar a política de distribuição em grande escala de medicação anti-retroviral. A taxa de adesão verificada ainda não é a ideal, mas revela que essa política está no caminho certo.
Mas porque a adesão ao tratamento é tão importante? Muitas pessoas acham difícil seguir a medicação, especialmente em tratamentos para doenças crônicas, de longo prazo. No caso da Aids, a não adesão faz com que os remédios percam a eficácia, a carga viral aumente e a doença avance, limitando futuras possibilidades de tratamento do paciente.
Cada detalhe é importante. Alguns remédios, por exemplo, precisam ser tomados durante a refeição, para garantir que o corpo os absorva devidamente. Outros precisam ser ingeridos de estômago vazio, em um certo horário antes ou depois das refeições. Deixar de tomar algumas doses, tomar doses erradas ou tomar o remédio de forma que seja pouco absorvido pode causar resistência aos remédios. Isto porque o HIV pode desenvolver resistência a um medicamento se o nível dele no sangue for baixo demais para impedir o vírus de se reproduzir.
Os resultados são potencialmente perigosos: uma vez desenvolvida resistência ao vírus, o tratamento provavelmente deixa de funcionar e as chances do paciente adoecer por causa do HIV são maiores, já que a quantidade de vírus no sangue aumenta e a contagem de CD4 diminui.
Além disso, mudar de tratamento inclui a ingestão de mais remédios e novos efeitos colaterais.
Se o tratamento for interrompido, a contagem de CD4 provavelmente cairá até o nível anterior ao tratamento em um prazo de seis meses ou menos, independentemente de quão alto ele se encontre no momento da interrupção. Caso o paciente tenha tido uma doença indicativa de Aids antes de começar a terapia combinada, aumentam em cinco vezes as chances de um declínio do CD4 para menos de 200 células (nível de risco para outras doenças relacionadas à Aids) se comparado a alguém que começou o tratamento com uma contagem mais alta de CD4.
Qual é o nível de adesão necessário?
Pesquisas sugerem que a melhor resposta ao HAART (Terapia Antiretroviral Altamente Ativa - terapia combinada com três ou mais drogas) é observada quando a adesão é de 100%. Os níveis de adesão abaixo de 95% têm sido associados à baixa supressão da carga viral do HIV e pequeno aumento na contagem de CD4. A abordagem mais segura é deixar de tomar o mínimo de doses possível, já que qualquer queda nos níveis dos remédios oferecerão oportunidades de desenvolvimento para as cepas (tipos) do HIV que forem menos suscetíveis à ação das drogas que o paciente está tomando.
Uma grande variedade de fatores como estilo de vida, apoio oferecido pela família e pela equipe de saúde e o tipo de medicação, influencia a adesão ou não dos soropositivos ao tratamento. Isto significa que não existe a melhor solução para todos. Ainda é uma decisão difícil escolher qual é o melhor momento para iniciar a administração do coquetel. No entanto, quanto mais motivado e consciente o paciente estiver, maiores são as chances da adesão ser efetiva e completa.
Enfrentando obstáculos
Em muitos casos, problemas externos ou não à doença podem prejudicar a continuidade do tratamento. Falta de dinheiro, desemprego, habitação inadequada, uso de drogas e sentimento de isolamento e solidão podem afetar a capacidade de adesão. A depressão é também problema comum entre portadores de HIV. Por isso, o apoio de outras pessoas, como amigos ou família, é fundamental. Quanto mais cedo o paciente procurar ajuda, melhores serão os resultados de adesão ao tratamento.
Alguns efeitos colaterais são especialmente problemáticos no início de um novo tratamento, mas eles desaparecem, na maioria dos casos, em um prazo curto. Esses efeitos podem incluir problemas estomacais, enjôos e vômitos, pesadelos ou a sensação de atordoamento. Mas nada disso deve ser pretexto para a não adesão ou interrupção do tratamento. O esquecimento é outro motivo muito comum para as pessoas deixarem de tomar os remédios. Contra isso, valem os lembretes e sinais que ajudam a memorizar horários e doses corretas.

Tratamentos e estilo de vida
Ritmo de trabalho, alimentação, sono. Conscientizar-se de detalhes como esses, que caracterizam o estilo de vida de cada um, antes de iniciar o tratamento, faz aumentar as chances de sucesso na adesão. Além disso, é preciso considerar não somente as experiências de tratamentos anteriores, mas também necessidades e preferências sobre a freqüência da medicação, possibilidades de efeitos colaterais e fortes interações, por vezes, prejudiciais, com outras medicações.
Combinações de três ou mais vezes ao dia são mais difíceis de aderir do que combinações ministradas com menos freqüência. É possível o médico planejar uma combinação de todas as três principais classes de drogas anti-HIV que exija não mais do que duas doses ao dia.
Muitos pacientes ainda vivenciam problemas reais de adesão até mesmo quando estão sob tratamentos, considerados simples, uma vez que incluem menos doses ou comprimidos.
Entretanto, até mesmo os tratamentos mais acessíveis, devem ser compatíveis com as realidades da vida com HIV e a medicação.
Interações e efeitos colaterais
Efeitos colaterais são uma das razões mais comuns para as pessoas deixarem de tomar as doses.
Certas interações são mais prováveis de ocorrer com alguns tratamentos e drogas específicas.
Algumas doses anti-HIV podem também interagir com remédios prescritos para tratar outros problemas de saúde ou com entorpecentes.
Para as mulheres grávidas, vale a afirmação: os tratamentos são muito eficazes na prevenção de transmissão ao HIV de mãe para filho, mas somente se eles estiverem sendo seguidos corretamente.
Em relação às crianças, pode haver resultados diferentes de adesão em função das faixas etárias. Alimentação e fortes restrições, por exemplo, podem ser obstáculos para crianças ou jovens.
Outros profissionais de saúde
Todos os serviços que atendem HIV/Aids deveriam ter grupos de adesão, mas infelizmente não é o que ocorre no Brasil. Este serviço deveria contar com:

  • Especialistas em saúde mental, como psiquiatras, psicólogos, enfermeiras e orientadores, que possam oferecer tratamento e apoio, caso o soropositivo sinta necessidade.
  • Profissionais especializados que possam dedicar tempo à discussão sobre adesão.
  • Farmacêuticos que às vezes podem conversar sobre como tomar os medicamentos e possíveis interações com outras drogas e tratamentos.
  • Nutricionistas que ofereçam orientação em relação à dieta alimentar e aos efeitos colaterais.
  • Assistentes sociais que contribuam nas questões práticas, inclusive relacionadas à habitação, emprego e qualidade de vida.
Dicas sobre adesão
  • EsquecimentoO simples esquecimento é uma razão comum para deixar de tomar as doses de drogas anti-HIV. tentar descobrir as causas do esquecimento é o caminho mais curto para diminuir a reincidência do descuido. Em alguns casos, o médico pode flexibilizar o esquema de horário ou alterar para uma combinação mais apropriada.
  • Mantendo um esquemaQuando o soropositivo inicia uma nova combinação, possivelmente vai se deparar com problemas tais como desordem no horário de ingestão dos comprimidos e nas refeições. Para evitá-los, médicos e farmacêuticos podem fornecer dicas de um esquema diário para que o paciente não se sinta desorientado.
  • Armazenando comprimidosRecipientes com divisórias para uma semana ou alguns dias com doses individuais diárias podem ajudar. Algumas drogas deterioram se não são armazenadas corretamente. O recipiente do indinavir, por exemplo, vem com pequenos dispositivos que mantêm as cápsulas secas e livres de vazamento. Algumas pessoas mantêm as drogas em diferentes lugares onde possivelmente estarão no horário da ingestão da medicação (em casa, no trabalho etc). É preciso ter certeza de que a medicação esteja armazenada com segurança, fora do alcance das crianças. Temperaturas extremas podem deteriorar a maioria das medicações.
Superando dificuldades
Para algumas pessoas, tomar os comprimidos pode ser um problema dependendo do seu tamanho, formato e textura. Em casos extremos, tomar uma quantidade exata de formulações líquidas pode ser uma possibilidade. Uma seringa de uso oral poderá auxiliar o paciente nesse processo, porém é necessário lavá-la e secá-la completamente após cada uso. Mas só o médico pode decidir sobre isso.
A utilização de um triturador de comprimidos também pode tornar mais fácil sua ingestão. No entanto, as drogas devem ser apropriadas para esse processo e você deve se informar sobre isso com o médico e o farmacêutico do serviço de saúde onde você retira os medicamentos
Tomada única diária
Segundo um artigo publicado na edição de Julho de 2004 do Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes, a tomada única diária (todos os medicamento, uma única vez por dia) é um importante fator que facilita a adesão, mas existem vários outros motivadores. Os regimes de tomada única tornaram-se uma realidade recentemente e passaram a ser vistos como uma possibilidade de melhoria da adesão ao tratamento.
Dentre os obstáculos à adesão estão o número de comprimidos, os efeitos colaterais, as restrições alimentares, a frequência das doses e o tamanho dos comprimidos. O estudo também verificou que, de sete tipos de tratamento, de uso corrente, aquele que os pacientes relataram como mais fácil de aderir era o regime de duas vezes por dia, sem restrições alimentares.
Os pesquisadores avaliaram o impacto de dez fatores ao mesmo tempo e sua relação com a adesão, em um total de 299 pacientes HIV-positivos, em seis cidades dos EUA. Os pacientes tinham uma média de idade de 43 anos, 76% homens, 45% afro-americanos, 37% brancos, 15% hispânicos e 3% asiáticos. O modo de transmissão mais frequente foi o sexo entre homens (57%).
A maior parte dos pacientes (55%) tinha começado a tomar o coquetel anti-Aids antes de 1999 e 63% tinham tido três ou mais regimes diferentes de tratamento. Cerca de 75% dos pacientes declararam ter falhado pelo menos uma vez no tratamento nos últimos três meses, sendo que 10% disseram que tinham esquecido de tomar as doses nove ou mais vezes.
Dentre os efeitos colaterais causados pelos medicamentos anti-retrovirais, apontados como dificultadores da adesão, os mais frequentemente relatados foram: dores nos membros inferiores ou articulares (44%), náuseas (44%), parestesias dos membros inferiores (38%), dores de cabeça (38%) e lipodistrofia (26%).
As dez situações pesquisadas foram o número total de comprimidos por dia, a frequência de tomada diária, os efeitos colaterais, o tamanho dos medicamentos, a repetição do número de doses, os custos, o número total de prescrições, o número de embalagens de medicamentos e a tomada na hora de dormir.
Os fatores com maior influência na adesão foram o número total de comprimidos por dia (14%), freqüência das tomadas (13%), efeitos secundários (12%), restrições alimentares (11%) e o tamanho dos comprimidos (10%). Os fatores considerados mais úteis na promoção da adesão incluíam dois comprimidos por dia tomados de uma só vez, sem restrições de dieta, pequenos comprimidos, em embalagem simples.
Já o regime mais difícil, que dificulta a adesão, é o que tem duas tomadas diárias, mas com um total de 13 comprimidos, cinco dos quais devem ser tomados com as refeições. Este regime também obriga o paciente a utilizar três embalagens de comprimidos e prestar a atenção em três prescrições.

quinta-feira, 6 de março de 2008

NOTA TÉCNICA DARUNAVIR/ENFUVIRTIDA

Estamos disponibilizando nota técnica e formulários para facilitar o acesso dos pacientes aos medicamentos enfuvirtida 90mg e darunavir 300mg.

Sérgio Aquino
fonte:PN-DST/Aids/SVS/MS

quarta-feira, 5 de março de 2008

DROGAS SAEM E DROGAS FICAM

MUDANÇAS NOS MEDICAMENTOS ANTI-RETROVIRAIS

O programa Nacional de DSt/Aids divulgounota técnica que deixaria de fornecer os seguintes medicamentos anti-retrovirais: didanosina 25mg, didanosina 100mg e estavudina 40 mg.
As recomendações para terapia anti-retroviral para adultos e adolescentes infectados pelo HIV/Aids, orientam que a estavudina 40mg tem maior potencial de toxidade, devendo ser substitutida pela estavudina de 30 mg, a didanosina deve ser substituida pelas formas entéricas de 250mg e 400mg, que permitem a tomada de uma cápsula ao dia.

Sérgio Aquino
amigospositivos.hiv@gmail.com

Enfuvirtida 1,1 ml

O medicamento enfuvirtida deve ser diluida em 1,1 ml para que possa ser administrada nos pacientes HIV+/Aids.

O Programa Nacional de DST/Aids-MS divulgou nota técnica informando as unidades dispensadoras para que orientassem os paciente quanto ao uso da enfuvirtida (T-20).
O laboratório Roche possui duas apresentações para o mesmo produto, diferindo apenas no volume do diluente.
O frasco antigo cotém diluente com 1,1 ml de agua para injetáveis, a apresentação nova contém diluente com 2 ml.
Em alguns lugares o contrato firmado entre o Ministério da Saúde, previa distribuição da enfuvirtida com diluente de 2ml. Os pacientes que receberam o frasco-ampola contendo 2ml de diluente, devem utilizar a seringa de 3ml e aspirar apenas 1,1 ml de diluente, desprezando o que sobrar. O Programa Nacional de DST/Aids informa que o volume deo diluente esta especificado na lateral da embalagem secundária do medicamento
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Sérgio Aquino